TEATRO

		Nijinsky - O Bobo de Deus dia 16 de Novembro pelas 21h30/ ano 2012 Efémero - Companhia de Teatro de Aveiro Nijinsky - O Bobo de Deus, projecto de João Fino (encenação) e Bruno dos Reis (interpretação) em parceria com a Efémero - Companhia de Teatro de Aveiro. O espetáculo tem a duração aproximada de 1h10 sem intervalo e
destina-se a maiores de 16 anos. O preço do bilhete normal é de 6 euros com desconto para portadores de cartão jovem ou de estudante a 4 euros. As reservas podem ser feitas para o número de telefone 234 38 65 24 ou para o endereço electrónico efemero@mail.telepac.pt Sinopse Vaslav Nijinsky nasceu em 1889 na Rússia. Filho de dois bailarinos polacos, sofreu prematuramente a morte do irmão e a do pai. Foi através de bolsas escolares e vários esforços da mãe que conseguiu frequentar a Escola Imperial de Ballet de S. Petersburgo. Graduar-se-ia depois de vários revés, inclusive uma queda que o atiraria para um coma ainda durante a sua adolescência. Foi pela mão dos Ballets Russes de Diaghilev que chegou a Paris aos 19 anos, e daí ao cimo do mundo num soubresaut. Diz-se que manteve uma relação apaixonada com Diaghilev. Diz-se que causou inúmeros escândalos tanto dentro como fora dos palcos. Diz-se que se casou sem sequer falar a mesma língua que a sua mulher. Diz-se que enlouqueceu. Diz-se que foi o maior bailarino do século XX, um dos pioneiros da dança moderna. Diz-se que ainda hoje, bailarinos de todo o mundo, vão deixar as suas pontas morrer ao cemitério de Montmartre, onde descansa finalmente depois de trinta anos internado em asilos e manicómios. Diz-se muito: veremos o que disse Nijinsky nos seus diários. Bruno dos Reis Não será apenas ingrato, será uma loucura, tentar resumir os quatro cadernos de Nijinsky em apenas uma hora. A nossa doença foi acolhida pela Efémero, que nos permitiu enlouquecer, e pelo Mercado Negro que nos ofereceu um tecto em troca da rua e do vento que nos açoitou os ensaios. A nossa teimosia terá talvez muitos nomes, mas nenhum dirá o da paixão que a história de Vaslav nos criou. Um homem simples à frente do seu tempo: uma prenda de Deus nas suas próprias palavras, uma estrela cadente em passeio pelo pastoreio da humanidade. Esta não é a história do deus bailarino, do ídolo. É a história do homem que dançou para sobreviver, que sonhava comprar um teatro para dançar de graça, em benefício dos artistas pobres. O homem que criou a dança moderna mas não foi capaz de domar a da sua mente. Ouvi-lo-emos pelas suas próprias palavras, escolhidas dez páginas entre as centenas que deixou: um esforço vão mas humilde, para que falem por ele inteiro. João Fino

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